sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil reflete sobre a importância do voto e participação cidadã nas eleições

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laudelinocnlbA Igreja no Brasil, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sempre se faz presente nas campanhas eleitorais com princípios, critérios e orientações aos eleitores. O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) é um desses organismos que participa de movimentos, atividades e manifestações, que contribuem com reflexões, neste momento pré-eleitoral, voltadas à defesa e promoção da vida humana e do planeta. O presidente do conselho, Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, aborda a atuação da CNLB no cenário político e chama a atenção para a importância do voto.
“O voto, desde que seja livre e consciente, é uma ferramenta fundamental para a transformação da sociedade. A escolha, não só das pessoas, mas dos programas de governos a serem implementados, passam pelo voto”, explicou Laudelino Augusto, que além de presidente do CNLB, é vice-prefeito de Itajubá (MG), faz parte da rede de assessores do Centro Nacional de Fé e Política Dom Hélder Câmara (CEFEP) e é assessor de Formação para a Missão.
A CNLB contribuiu para a efetivação da campanha ‘Voto Consciente’, lançada no dia 06 de setembro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF). “Em maio, realizamos um simpósio com o tema: ‘Fé e Política na América Latina, hoje’. Os Regionais, dioceses e entidades filiadas realizam cursos de Fé e Política, curso de capacitação para candidatos, debates, e contribuem na divulgação e aplicação da campanha ‘Voto Consciente’, somando-se campanha Voto Limpo do TSE”, elucidou.
O presidente lista uma série de características que um bom candidato ou candidata deve possuir para contribuir com uma sociedade justa, fraterna e solidária. “Um bom candidato é o que foi escolhido e indicado pela comunidade. Defende a vida em todos os seus estágios, promove os direitos humanos, e entende que deve exercer o poder como um serviço. Esse candidato deve atuar com a sociedade organizada, ser fiel às audiências públicas, ter a ficha limpa e ser um político por vocação”, disse. “Vejam a importância do voto!”, enfatizou.
Laudelino ainda afirma que a atuação política se dá em três níveis: pelo voto consciente e responsável; pela militância nos partidos, conselhos de políticas públicas e demais instâncias de ação; e sendo candidato e assumindo cargos públicos no serviço à coletividade. Para ele, “ninguém está dispensado e todos estão necessariamente comprometidos com a questão política”. “Os Documentos da Igreja usam termos como: ‘não se pode absolutamente abdicar ...’, ‘têm uma missão irrenunciável ...’, ‘não recusem cargos públicos ...’ (Cf CFL 42; CNBB 26, 300; A.A.14)’, citou.
Sobre a participação cidadã nos processos políticos, o presidente, defende que, esta, atue antes, durante, e após as eleições. “As eleições, por mais importantes que sejam, são apenas um evento dentro do processo democrático. É importante criar grupos de acompanhamento ao Legislativo e ao Executivo, participação nos conselhos, nas audiências públicas, especialmente no Orçamento Participativo, estar em dia com as obrigações de cidadania, denunciar os desvios de conduta, enfim, ser um cidadão pleno como convém aos cristãos.”
O Conselho Nacional do Laicato do Brasil
Como Organismo de Comunhão, o CNLB, como a própria CNBB, assume a política no sentido geral, incentivando aos cristãos leigos e leigas à atuação política no sentido estrito de política partidária, "campo próprio dos leigos". O CNLB tem uma Comissão Permanente de Fé e Política que cuida da formação e espiritualidade neste "vasto e complicado mundo" (EN 70). Como "membros da Igreja a todo título" (Pio XII), tudo o que diz respeito à vida e à missão da Igreja, diz respeito aos cristãos leigos e leigas.
O CNLB, por meio das Comissões Permanentes de Formação, Assessoria, Fé e Política, Juventude, Comunicação, tem contribuindo nesta conquista. Neste ano, juntamente com a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) e o Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara” (CEFEP), organizou e publicou a Cartilha ‘Eleições Municipais 2012: Cidadania para a Democracia’.
O CNLB ainda proporciona formação e incentiva os cristãos à participarem ativamente dos Conselhos de Políticas Públicas para ajudarem na conquista dos direitos da cidadania. “Buscamos propostas e leis coerentes e eficazes para o resgate das dívidas sociais; vida, alimentação, saúde, educação, trabalho, terra, segurança, meio ambiente saudável, lazer, transporte. Defendemos o Orçamento Participativo e a definição de políticas públicas através dos Conselhos”, explica o presidente do organismo.
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Natal sediará lançamento nacional da CF 2013



A programação de lançamento nacional da próxima Campanha da Fraternidade (CF), cuja temática será juventude, está definida. O planejamento foi feito durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 19 de setembro, em Natal (RN). A próxima edição da CF, em 2013, celebra os 50 anos da criação da iniciativa.
Ao abrir a reunião, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da Arquidiocese de Natal em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo. 
O assessor da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Padre Luiz Carlos lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP, da CNBB. 
Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013;  ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.
Segundo o Padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva. Também participaram da reunião o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro; o bispo referencial para a juventude no Regional Nordeste 2, Dom Bernardino Marchió; o bispo referencial para Campanhas para o Regional Nordeste 2, Dom Francisco Lucena; além das coordenações de Campanhas do Regional e a coordenação arquidiocesana do Setor Juventude.
Origem da CF
A primeira Campanha foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da Arquidiocese. A comunidade rural Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.
O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do Administrador Apostólico da Arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, Dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.
A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.
Fonte: Pascom da Arquidiocese de Natal 

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A arte de bem governar

As eleições municipais são importantes para a vida do povo. Elas se realizam no próximo dia 07 de outubro, onde as pessoas moram, trabalham, estudam, sofrem, festejam. Todos se conhecem mais de perto a si mesmos, suas vidas e suas atuações. A eleição tornou-se o instrumento para a escolha de quem deve exercer o poder em nome do povo. Mas a eleição, em si, não é suficiente para caracterizar a democracia. Mais do que eleger pessoas é preciso eleger idéias e propostas viáveis. A ação política não se limita ao ato de votar; é importante acompanhar, e participar da vida política. È bom lembrar o conceito de política como "a arte de bem governar as cidades". Uma busca permanente de meios para a realização do Bem Comum. A sociedade civil se organiza e estabelece condições de convivência através da política. É sumamente importante encontrar o verdadeiro político, que busca o bem comum, não interesses pessoais. O eleitor deve procurar descobrir, em meio à avalanche de candidatos com as mirabolantes propostas, o político sincero que não se degrada com negociatas e promessas que mancham a democracia. A política é coisa séria. Muitas pessoas se deixam enganar por promessas eleitoreiras, pela propaganda e pela publicidade. O efeito de um voto irresponsável é o sofrimento do povo. Um voto dado com seriedade é felicidade para o município. O voto de cada eleitor vale um município melhor. As eleições determinam o futuro da sociedade. Por isso, precisa-se conhecer os propósitos dos candidatos e saber quais as atribuições de um prefeito e um vereador. Ao prefeito cabe governar a cidade, de forma conjunta com os vereadores, observando as questões políticas, executivas e administrativas. Ele administra, planeja e cumpre as leis. Sua atribuição consta da Lei Orgânica do Município. Cabe-lhe sancionar leis, governar e administrar o município, nomear e exonerar os secretários municipais, expedir decretos e portarias, dispor sobre a estrutura, propor a criação de cargos e funções, prestar contas à Câmara Municipal, Tribunal de contas do Estado e aos contribuintes, propor planejamento urbano, o plano diretor e tantas outras funções. É um líder da comunidade e não o dono do poder. Veja a dimensão do poder que o Evangelho aponta a partir do próprio Cristo, que garantiu: "Não vim para ser servido, mas para servir" (Mt 20,5). E vereador é velar pelo sossego e bem estar dos moradores do município. Seu principal papel é o de representar o povo na Câmara Municipal, participando e decidindo os destinos da cidade e do município; legislar, isto é, fazer as leis que interessam à comunidade e depois acompanhar a sua execução, o seu cumprimento; fiscalizar os atos do executivo; denunciar caso haja desmandos, corrupção, empreguismo, mau emprego do dinheiro público e lutar pela participação da comunidade na gestão pública. Portanto, os eleitores precisam estar atentos à competência e seriedade dos candidatos. Mais de 135 milhões de eleitores brasileiros elegerão prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5.565 municípios. O voto livre de cada cidadão é sinal de maturidade e, ao mesmo tempo, de responsabilidade na escolha de prefeitos e vereadores. Votar corretamente dentro das normas da lei eleitoral é tão importante como rezar. A oração, sem o cumprimento dos deveres de cidadão, não agrada a Deus e perde o sentido. Precisa-se votar com consciência para que a política seja para todos a arte de bem governar as cidades e os municípios. 

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena é Bispo da Diocese de Guarabira - PB e Secretário da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2).

Arcebispo recebe visita de membros da Igreja Anglicana

O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, recebeu a visita de dois representantes da Igreja Anglicana presente em Natal, na manhã desta sexta-feira, 21 de setembro. Os reverendos Rodson Ricardo Nascimento e Gecione Pinto aproveitaram a visita para cumprimentar Dom Jaime por estar de volta a Natal.

Eles também trouxeram os cumprimentos de Dom Sebastião Armando, bispo da Diocese Anglicana no Nordeste, que tem sede em Recife (PE).
Foto: Cacilda Medeiros
Reverendos Rodson e Gecione em conversa com o Arcebispo de Natal

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vaticano disponibiliza gravações inéditas do Concílio Vaticano II


“Fazer perceber a riqueza também a quem não estava presente ou o conhece muito pouco.” Esse é o propósito, nas palavras do presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, do “docu-filme” realizado pelo dicastério vaticano em colaboração com Micromegas Comunicação, em vista do 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II e do início do Ano da Fé.

 “Na Filmoteca Vaticana temos cerca de duzentas horas de filmes originais que precederam a abertura do Concílio. Graças a um trabalho muito intenso e rico fizemos uma forte e sugestiva seleção, realizando assim doze horas de material filmado inédito”, explicou o Arcebispo Celli.

 “Poderia ser uma tentação fazer um “docu-filme” puramente celebrativo, selecionando os momentos salientes do material da Filmoteca. Ao invés, quisemos enriquecer o trabalho com catorze entrevistas, confiando-as a cardeais, patriarcas e arcebispos de várias partes do mundo”, acrescentou Dom Celli.

 “A intenção foi ver como o Concílio Vaticano II foi acolhido também na África, na América Latina, nas Igrejas Orientais: foram os próprios purpurados que deram as chaves de leitura dos documentos mais importantes do Concílio, oferecendo assim um quadro cultural eclesial muito rico”, explicou o presidente do dicastério pontifício.

 Dentre as imagens de arquivo encontra-se a do pronunciamento no Concílio do então Bispo Karol Wojtyla, e “é sugestivo ouvir a sua voz falando em latim durante uma das sessões”, acrescentou Dom Celli.

 Algumas passagens mostram os padres conciliares assinando os documentos originais. O “docu-filme” será “confeccionado” segundo as solicitações das Conferências episcopais e das Igrejas locais, inclusive em versão DVD, com filmes mais longos ou mais curtos, segundo as exigências, precisou.

 O presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais disse que o trabalho será apresentado aos padres sinodais, referindo-se ao Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização, que se realizará de 7 a 28 de outubro próximo.

 O “docu-filme” tem início com uma introdução histórico-teológica feita pela jornalista Vania De Luca. O teólogo Marco Vergottini faz o papel de guia nos conteúdos das várias sessões. Dentre os entrevistados encontra-se o secretário particular de João XXIII, Dom Loris Capovilla.



Fonte: Canção Nova
12º Seminário Nacional de Formação de Professores de Ensino Religioso


Reunidos em Manaus (AM), na Faculdade Salesiana Dom Bosco, entre os dias 13 a 15 de setembro, cerca de mais de 800 educadores e educadoras participaram do 12º Seminário de Formação de Professores de Ensino Religioso, promovido pelo Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (FONAPER) em parceria com o Governo do Estado do Amazonas – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC) – Faculdade Salesiana Dom Bosco, Conselho Regional Norte 1 da CNBB (Norte do Amazonas e Roraima) e mais seis entidades locais.

 O Evento teve como tema principal “Ensino Religioso Área de Conhecimento da Educação Básica: interfaces com a proposta pedagógica da escola”.

 Na solenidade de abertura, autoridades religiosas e civis, com ênfase nas educacionais, cumpriram suas funções sociais de maneira acolhedora. A coordenadora geral de Diversidade Religiosa, Marga Janete Stroher, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o coordenador do Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (FONAPER) proferiram em dois momentos e com destaque de aspectos diferenciados, porém afins, a conferência: “Organização Curricular da Educação Básica: políticas, concepções e práticas”.

 A programação constou da apresentação de duas mesas de debates com os temas: “Ensino Religioso – Área de Conhecimento da Educação Básica”; “Ensino Religioso e a Proposta Pedagógica da Escola: desafios e perspectivas”.

 A assessora da CNBB, professora Anísia de Paulo Figueiredo, participante da primeira mesa, além dos fundamentos para a compreensão sobre o que é Área de Conhecimento no entendimento da legislação brasileira em quatro reformas de ensino, divulgou um blog construído, de forma interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar, de modo a privilegiar princípios e critérios constantes da legislação atual da Educação Básica no Brasil, referindo-se ainda à Biblioteca Virtual do Ensino Religioso no site da CNBB.

 O professor Adecir Pozzer contextualizou o Ensino Religioso em suas respectivas fases históricas no Brasil e do FONAPER desde a sua criação e atuação em determinadas épocas da história atual.

 Já Lílian Blanck de Oliveira sintetizou ideias de maior significado das exposições anteriores e destacou aspectos de maior importância em relação à formação de professores no Brasil, pontuando a criação da Rede Nacional das Licenciaturas de Ensino Religioso (RELER).

 No último dia, a mesa composta pelas professoras Ângela Ribeiro Holanda, Gracileide Alves da Silva e Djanna Zita Fontanive, contribuiram com exposições que evidenciaram aspectos fundamentais das interfaces pedagógicas do Ensino Religioso como área de conhecimento, tomando como fio condutor o tema “Ensino Religioso e a Proposta Pedagógica da Escola: desafios, perspectivas”.

 Durante o Seminário aconteceu a Assembleia Ordinária do Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso com a eleição da nova diretoria para o exercício do biênio até 2014. Ao Professor Adecir Pozzer, de Santa Catarina, coube a função de novo Coordenador da Entidade. Algumas Comissões de Trabalho foram anunciadas, entre as quais a Comissão de Currículo, Comissão da Rede Nacional das Licenciaturas de Ensino Religioso (RELER), Comissão de Comunicações e outras.

 Na escolha do local do Congresso Nacional de Ensino Religioso, em 2013, através de votação, permaneceu a cidade de Juiz Fora (MG) que concorreu com Belém (PA). Contará com o suporte da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), segundo o representante da mesma, presente no evento pelo Curso de Ciência da Religião da mesma Universidade. Tanto a Universidade Estadual do Pará (UEPA), como a UFJF, mantêm cursos de Licenciatura de Graduação Plena em Ciência(s) da Religião, com Habilitação em Ensino Religioso. A primeira, com quase duas décadas de funcionamento. A segunda, iniciante, embora seja a primeira Universidade do Brasil a criar um Curso desta natureza e que, por questões políticas, há quase quarenta anos, foi interrompido, continuando a oferecer somente os Cursos de Pós-Graduação em Ciência da Religião (Especialização, Mestrado e Doutorado).



Fonte: CNBB
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Redução da mortalidade infantil: “Podemos melhorar muito ainda”
20/09/2012 
Raphael Freire A+  a-    



Um Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre a mortalidade infantil, divulgado no último dia 13 de setembro, revelou que o Brasil conseguiu atingir com quatro anos de antecedência as Metas do Milênio da ONU no que se refere à redução da mortalidade infantil até 2015. Para o Médico e Coordenador Nacional Adjunto da Pastoral da Criança, Nelson Arns Neumann, não há nenhuma surpresa, o resultado já era esperado.

— O Brasil é um país rico e a mortalidade infantil não era compatível com nosso nível de desenvolvimento. Podemos melhorar muito ainda, disse Nelson, em entrevista ao Portal A12.

Os dados, que além da Unicef também foram divulgados pelo Banco Mundial e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), confirmaram a redução drástica da mortalidade infantil nas últimas duas décadas. De acordo com o relatório, o número de crianças menores de cinco anos que morreram em todo o mundo caiu de quase 12 milhões, em 1990, para aproximadamente sete milhões, em 2011. Em 1990, no Brasil, a taxa de mortalidade infantil era de 58 mortes para cada mil bebês nascidos vivos. Agora essa taxa é de 16 para cada mil nascidos vivos, enquanto a meta da ONU era de 19 a cada mil crianças nascidas vivas.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou à Agência do Rádio que uma das medidas que ajudou na redução das mortes foi a introdução e produção de vacinas no Brasil.

— Três vacinas tiveram impacto muito decisivo nessa redução. A vacina para o rotavírus humano, que é o vírus da diarreia. A vacina para pneumococos, que é uma bactéria que causa pneumonia e alguns tipos de meningite. E a vacina para meningite C. Uma segunda medida, que teve impacto muito importante foi a expansão do pré-natal. Pela primeira vez, no ano de 2011 mais de um milhão e setecentas mil mulheres fizeram pelo menos sete consultas do pré-natal, isso através da Rede Cegonha, afirmou o Ministro.

Apesar de o Relatório de Progresso 2012 – intitulado “O compromisso com a sobrevivência da criança: Uma promessa renovada”—, trazer a informação de que o país conseguiu bater as metas no que se refere à redução da mortalidade infantil, mostrando que desde 1990 o país reduziu em 73% o número de mortes, na tabela de mortalidade infantil, o Brasil ainda ocupa a 107ª posição em relação aos outros países.

Em um levantamento da Pastoral da Criança, efetuado no segundo trimestre deste ano, em 1.435 Unidades de Saúde, apenas 38% cumpriam a recomendação da primeira dose imediata do antibiótico, recomendada pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde.

— Além dos aspectos de sobrevivência infantil, devemos tomar medidas para a melhoria de qualidade de vida das crianças como prevenção da obesidade, oportunidades para o desenvolvimento infantil e velhice saudável através dos cuidados dos primeiros 1000 dias de vida, apontou Nelson Arns.

 

Hoje, 80% das crianças que ainda morrem antes dos 5 anos de idade estão na África e Ásia. Só na Índia morrem um quarto das crianças de todo o mundo, contra 11% na Nigéria, 7% no Congo, 5% no Paquistão e 4% na China.

Mais informações sobre o Relatório "O compromisso com a sobrevivência da criança: Uma promessa renovada", acesse o Portal Oficial da ONU no Brasil: http://www.onu-brasil.org.br.

* Fontes: Portal A12 e Agência do Rádio

* Fotos: www.pastoraldacrianca.org.br



  


Rádio Catedral






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