A função da liderança no setor missionário

A liderança cristã se pauta naquele que serve com amor e justiça. Ele segue a orientação da Igreja e a partir da Palavra de Deus se fortalece na verdade. Com Jesus aprendemos a viver na comunhão e participação. Uma comunidade que centraliza sua missão em Jesus está capacitada para a evangelização e anula toda forma de perseguição e desânimo. A função da liderança é seguir o exemplo do Bom Pastor. "O bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas"( Jo 10,11 ). Ele não foge, não abandona suas ovelhas diante das dificuldades. Ao contrário, sua entrega é total e livre. Não está em comunhão com a Igreja quem é contra o projeto de Deus. E nesse sentido, o líder cristão tem consciência de sua missão e vocação na Igreja.

A Igreja é toda missionária. Isso significa dizer que todos os batizados devem assumir a condição de discípulos e missionários para melhor servir o povo de Deus. Por isso que "a fé cristã não é somente um modo de pensar diferente, mas de viver diferente" (Agenor Brighenti). Assim, o discípulo missionário deve estar presente na base junto com os mais pobres. Essa nomenclatura (discípulo missionário) só cabe naqueles que fazem missão principalmente com os mais necessitados. 

Por isso mesmo, para ser um autêntico líder na Igreja é necessário viver a unidade e comprometer-se com a Palavra de Deus. 

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IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO

ESCOLA E VIDA

Esse tipo de sociedade exige um tipo de cidadão que seja capaz de domínio técnico e político a fim de construir um mundo de paz e fraternidade. As escolas, hoje, tem papel importante nesse mundo de poucas oportunidades para muitos. Podemos dizer que a missão da escola é garantir, também,  através do conhecimento a formação crítica para os mais pobres. Dessa forma fica difícil transformá-los em massa de manobra. Assim, uma escola comprometida com a formação da consciência crítica de seus alunos possibilita a devolução da esperança, justiça e paz para todos.

Então, o nosso compromisso é lutar para que as mudanças aconteçam. Que os índices negativos sejam superados pela força da organização de toda a sociedade. Que não sejamos avaliados por uma nota mas pela capacidade de manifestarmos o amor ao próximo que é a melhor resposta contra o ataque à dignidade humana. Nas escolas é preciso oportunizar todos, principalmente os mais necessitados. Nada de prêmios e competição porque isso reforça a exclusão social. Aqueles que trabalham para sustentar a vida encontram mais dificuldades na escola. Se não transformarmos o espaço escolar em lugar de participação coletiva sem discriminação, ela será tão somente uma reprodutora das desigualdades impostas pelo modelo econômico e político da sociedade.

No atual modelo de sociedade, nossos jovens do meio popular são os mais prejudicados pois falta oportunidades para serem felizes. Falta vida com qualidade para todos. Ao entrar numa escola que ofereça Educação para Jovens e Adultos, percebe-se o retrato fiel de uma grande parcela da sociedade brasileira. Nossos jovens estão esquecidos pelos modelos de escola,sociedade e família. Os desafios que se apresentam, hoje, são gigantescos em relação com o passado próximo.

Hoje, os mártires da educação são os professores incompreendidos por aqueles que ignoram o que chamamos de dignidade humana. O professor é um ser humano que participa da vida da comunidade. Ele é um ser pensado por Deus. A questão é: querem tirar do professor o pouco de dignidade que lhe resta. Dessa forma teríamos uma ausência profunda do respeito aos direitos humanos.

Aqueles que não conseguiram compreender a importância do professor na vida social como sujeito que colabora com a transformação da sociedade é porque não fazem nenhuma relação da escola com a vida. (Profº Carlos)

A SEMANA SANTA E O AMOR DE DEUS
A semana santa é um momento de enriquecimento da fé, percebemos que o povo sabe o que quer e encontra na Igreja acolhimento. O sentimento é universalizado, de entrega a Deus, confiança na Igreja e tempo de espera. Nosso povo espera por um modo diferente de viver: na fraternidade, amor e paz. Esse novo jeito de viver cristão é possível sim. Para alcançar essa vida muito digna é preciso passar pelo caminho de Jesus, seguir Cristo. "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida"(Jo14, 6). A Igreja se faz caminho para chegar até Ele. 

A tradição tem grande importância na formação e preparação da consciência cristã. A semana santa é uma tradição bem mais profunda porque traz em si mesma a criatividade que nos aproxima do amor de Deus. As leituras, nesse sentido, são de grande importância. "A tradição enraíza as pessoas num chão ontológico. Dá-lhe uma referência vital: uma pátria, um lar, um ninho"(Clodovis Boff). É nesse momento que o povo se torna um grande sinal de unidade, uma pátria governada pelo amor de Deus.

Justiça e paz para todos

O mundo de hoje projeta ilusões, principalmente para aqueles que sustentam a base econômica do país. Podemos sair desse mundo das ilusões a partir do momento que tomamos consciência do nosso compromisso com a vida. Defender a vida significa criar novas estruturas que garantam oportunidades igualitária. Nessas oportunidades entram a formação, o lazer, a saúde, o direito de pensar diferente e o cumprimento dos deveres.
O que estamos assistindo, hoje, é o sofrimento dos mais pobres vinculado às estruturas opressoras do poder. Como as estruturas que geram vida não aparecem, temos a triste surpresa de convivermos com a insegurança porque nos falta o necessário para alcançarmos qualidade de vida.
Nesse contexto, a consciência cristã vem alimentar a esperança de um mundo melhor. Com isso, é preciso beber de uma única fonte. A Palavra de Deus é a fonte que nos encoraja para buscarmos a justiça e a paz que devolverá a dignidade humana para todos. De nossa parte, toda cooperação é fundamental na construção de uma sociedade de amor e paz.