Epifania é um termo grego que significava a
entrada solene de um rei ou imperador numa cidade. Também poderia ser
atribuída a aparição de uma divindade, e receberia também o nome de
"teofonia", que quer dizer aparição, manifestação de Deus. O Senhor se
manifesta a cada um de nós sempre, não só nos momentos alegres, mas
também nas dificuldades. É preciso estar atento para os sinais de Deus. A
Igreja celebra três momentos de Epifania, em especial: a visita dos
Reis Magos a Jesus menino, o batismo no rio Jordão e as Bodas de Caná.
Logo depois do Natal, no dia 6 de janeiro, comemoramos o Dia de Reis, e
temos muito o que aprender com eles sobre como viver estas
manifestações.
Um novo astro apareceu em um céu estrelado. A Estrela de Belém, um dos
maiores símbolos de Cristo, veio à Terra para com seu brilho iluminar os
passos da humanidade. Os magos viram este astro e, atentos, perceberam
que era sinal do nascimento do Messias. Naquela época, astrônomos e
sábios eram chamados de magos. Em uma mensagem para os jovens, o Papa
Bento XVI diz: “Caríssimos, é importante aprender a perscrutar os sinais
com os quais Deus nos chama e nos guia”.
Deixando suas terras, montados em seus camelos, os reis atravessaram
grandes desertos, desafiando o sol ardente, a sede e inúmeros outros
perigos para chegarem à Judéia e adorar o Rei dos Reis. Mesmo nas
dificuldades, a estrela, sinal de Deus, estava lá, e eles não pararam de
olhar para ela e segui-la.
Conduzidos para onde Jesus estava, os reis entraram, viram o menino Deus
com sua mãe, Maria, se prostraram diante d’Ele e o adoraram. Eles
tinham feito toda esta jornada para adorar o Senhor. Somos chamados a
fazer o mesmo, ser adoradores em espírito e verdade. Podemos adorar a
Deus em qualquer lugar, e principalmente em sua presença real na
Eucaristia.
Cada rei veio de um lugar. Não se sabe ao certo se eram três reis, mas a
profecia começava a se concretizar: Salmo 72: “Todos os reis cairão
diante dele”. Os reis magos representam toda a humanidade: simbolizam as
únicas raças bíblicas, isto é, os “semitas”, “jafetitas” e “camitas” e
as raças branca, negra e amarela.
Cada um deu um presente a Jesus: um ofereceu ouro, que era o presente
para um rei; outro, incenso, representando a espiritualidade; e o
terceiro, a mirra, presente para um profeta (a mirra era usada para
embalsamar corpos e, simboliza a imortalidade). Estes presentes
confirmam o caráter de Jesus: Rei, sacerdote e profeta.
Depois de encontrar Jesus, os reis voltaram por um caminho diferente do
que tinham vindo, avisados por um anjo que deviam fazer assim. A cada
encontro com Deus, seja no dia-a-dia ou em um retiro, o importante é
voltar por um novo caminho, que com certeza é muito melhor que o antigo,
mesmo que não seja fácil viver a vida nova que Deus quer nos dar.
Curiosidades sobre os reis magos
- Não há certeza sobre o nome dos reis magos, mas eles acabaram sendo
conhecidos como Melchior, que quer dizer “Rei da Luz”, Baltazar, o
“senhor dos tesouros” como diz seu nome (bithisarea), e Gaspar.
- A tradição de presentes no Natal começou graças a ação dos magos ao
dar presentes ao menino Jesus, e a árvore de Natal é desmontada no dia
de Reis.
- A Epifania é comemorada no dia 6 de janeiro e nasceu no Oriente para
celebrar o natal do Senhor na carne humana. Na Igreja do Ocidente
passou-se a celebrar o Natal no dia 25 de dezembro, que era o dia em que
se festejava na Roma Pagã o deus sol. A Epifania ficou sendo a
manifestação de Jesus a todos os povos, significados nos magos.
(Fonte: Arq. do RJ)
*Membro da Comunidade Acampamento Maanaim
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